No Japão, Fiel deve reeditar episódios históricos da Invasão Corinthiana

Unknown | 09:15 |


Credenciado pela conquista da Copa Santander Libertadores, o Timão acerta os últimos detalhes para a busca do Bi Mundial em dezembro, no Japão. Desde já, os jogadores têm apenas uma certeza: não estarão sozinhos do outro lado do planeta. No último domingo (09), a República Popular do Corinthians deu provas de que o Mundo está próximo de acompanhar mais um épico capítulo da história alvinegra. A cada dia que as vendas de ingressos são abertas no site oficial da FIFA, a Fiel esgota a carga disponível para torcedores que moram fora do Japão. Revivendo as histórias de 1976 e 2000, a torcida promete invadir o Japão. Confira o especial preparado pelo Clube, em parceria com a Placar, sobre as invasões corinthianas.
Logo na madrugada do último domingo (09), milhares de alvinegros acordaram – ou não dormiram – com um objetivo em comum: garantir um lugar nos dois jogos do Timão no Mundial de Clubes da FIFA, em 12 e 16 de dezembro, em Toyota e em Yokohama, respectivamente. Em poucas horas, os ingressos disponíveis para o primeiro dia de vendas foram esgotados. A expectativa é de que os representantes da República viajem ao arquipélago nipônico e ajudem a quebrar o recorde de público de uma mesma edição do torneio mais importante do planeta. Na busca pelo Bi Mundial, a história se repete.
 
© Rodolpho Machado/Placar

Na foto, Rivelino, do Fluminense, entre Moisés e Zé Maria, do Corinthians; Clique e veja mais fotos na galeria da Placar
 
Assim como em 1976 e 2000, quando a Fiel viajou 429 km, de São Paulo até o Rio de Janeiro, para pintar de preto e branco o emblemático estádio do Maracanã em duas decisões, o pretexto em 2012 também é mais um troféu. Na primeira oportunidade, o Timão buscava a classificação à final do Brasileirão de 1976, em jogo único contra o Fluminense, no dia 5 de dezembro. Conhecida pela alcunha de Máquina Tricolor, a equipe carioca decidiria em casa a sua sorte. Porém, o visitante se sentiu confortável e o cenário acabou sendo outro.
 
Em jogada das duas diretorias, Vicente Matheus, Presidente do Corinthians, e Francisco Horta, Presidente do Fluminense, negociaram o envio de boa parte dos ingressos para São Paulo. A Fiel sentia que o jejum de títulos caminhava para o final, mas as provocações de que ela não sairia de São Paulo se iniciaram. Foi o estopim do que ficou conhecido como o “maior deslocamento humano em tempos de paz”, segundo o jornalista Juca Kfouri. No dia 4 de dezembro, ainda em São Paulo, cerca de 70 mil de torcedores se preparavam para protagonizar a Invasão Corinthiana. Numa época em que o governo aplicava a política de racionamento do combustível, poucos acreditavam na inimaginável caravana de veículos que congestionaria a Via Dutra.
 
© Mario Rodrigues/Placar

Um dos ingressos da famosa partida; Clique na imagem e veja mais fotos do jogo histórico
 
O encontro entre os fiéis e apaixonados torcedores do Corinthians e os cariocas, logo tomou as manchetes jornalísticas e comentários. Em trecho de texto publicado pelo jornal O Globo, no dia 6 de dezembro, Nelson Rodrigues conta: “Ninguém sabia, ninguém desconfiava. O jogo começou na véspera, quando a Fiel explodiu na cidade. Durante toda a madrugada, os fanáticos do timão faziam uma festa no Leme, em Copacabana, Leblon, Ipanema. E as bandeiras do Corinthians ventavam em procela.  Ali, chegavam os corinthianos, aos borbotões. Ônibus, aviação, carros particulares, táxis, a pé, a bicicleta. A coisa era terrível. Nunca uma torcida invadiu outro estado, com tamanha euforia. Um turista que, por aqui passasse, havia de anotar no seu caderninho: — "O Rio é uma cidade ocupada". Os corinthianos passavam a toda hora e em toda parte”. Do jeito que deveria ser, debaixo de chuva, nas penalidades, o Timão se classificou a final, após empate em 1 a 1 no tempo normal, com gol de Ruço.
 
© Alexandre Battibugli/Placar

Kléber, Dinei, Marcio Costa, Augusto, e Gilmar, do Corinthians, comemorando a vitória da finalíssima contra o Vasco no Campeonato Mundial de Clubes da Fifa; Clique e veja mais fotos na galeria da Placar
 
O estádio do Maracanã voltaria a aparecer no caminho do Clube do Parque São Jorge e o resultado final seria comemorado outra vez por milhares de corinthianos. Era a segunda Invasão Corinthiana, desta vez contra o Vasco, na finalíssima do primeiro Mundial de Clubes da FIFA. Após vencer Al-Nassr, da Arábia Saudita, Raja Casablanca, do Marrocos, e empatar com o Real Madrid, da Espanha, o Timão levou 30 mil torcedores ao Maracanã. O coro “Todo Poderoso Timão”, cantado ininterruptamente, foi eternizado e o Corinthians se sagrou campeão Mundial de Clubes pela primeira vez.
 
A história iniciada em 1976 promete se repetir neste final de ano. Devido à alta procura por ingressos, os pacotes de viagem da agência oficial do Clube – a Vai Corinthians – em parceria com a CVC, já ganharam o nome de “Invasão Corinthiana”. Com a adesão dos corinthianos residentes no Brasil, somados aos que habitam no Japão, a Fiel prepara a terceira Invasão Corinthiana. Clique aqui e garanta seu lugar neste novo capítulo da história alvinegra!

© Otavio Magalhães/Arquivo Abril

Rincón, capitão do Corinthians, comemora a conquista do Campeonato Mundial de Clubes da Fifa ao lado de Joseph Blatter, presidente da Fifa; Clique na imagem e veja mais fotos do jogo histórico
 
“Fui um dos primeiros a comprar o pacote para o Mundial. Muitos se impressionaram comigo, pois não acreditavam que pudesse ir tão longe pelo Corinthians. Será um marco acompanhar o Corinthians em sua primeira vez no Japão”, conta Henry Stefan Soares, 33, um dos primeiros torcedores a comprar o pacote de viagem da agência oficial do Clube, a Vai Corinthians. Junto a seu pai, Ariel José Soares, 67, partirá de São Paulo rumo a Dallas, nos Estados Unidos, de onde seguirá para Tóquio. “Também fiquei muito impressionado pelo número de pessoas próximas a mim que irão. Minha expectativa é de que faremos um grande campeonato e a aguardada Invasão Corinthiana”, encerra Henry.